2009- As denuncias contra o CCZ



Desde Abril de 2008, por conta da Lei Estadual 12916, os CCZs (carrocinhas) estão proibidos de matar cães sadios, isto era um sonho que muitos compartilhavam.

Porém com a lei chegou-se a conclusão de que, não matando, alternativas teriam que ser implantadas para diminuir a quantidade de animais do órgão em questão. Protetores e ONGs procuraram a gerência do CCZ com vários projetos, que tinham como único intuito, ajudar a doar os animais que hoje estão confinados lá dentro.

Inicialmente todos os projetos foram aprovados.

O atual gerente do CCZ de São Paulo ocupa o cargo desde que a Lei 12916/08 foi sancionada.

Ele  inviabilizou, sem nenhuma explicação,  a implantação de todos os projetos levados pelos protetores para ajudar os animais:


  • Cancelou as feiras de adoção;
Existe hoje no CCZ uma necessidade de doação de, no mínimo, 500 animais/mês.
  • Cancelou o projeto no qual voluntários iriam ao órgão simplesmente para passear com os cães;
Os animais que se encontram no órgão necessitam de contato humano, pois a falta deste contato inviabiliza sua adoção.
  • Inviabilizou a doação dos cães de raça PITBULL e outros considerados erroneamente “PERIGOSOS”;
Desde Novembro de 2008 estão suspensas as adoções destes animais, que estão condenados a viver o resto de suas vidas confinados em canis de 1,20 m², privados de Sol e de até de se movimentarem adequadamente.
  • Proibiu que os cães fossem fotografados com a finalidade de divulgar e doar;
Vários sites de adoção disponibilizaram espaço para divulgação dos animais do CCZ de São Paulo.
  • Proibiu a divulgação dos animais disponíveis para adoção no site QUERO UM BICHO;
Este site foi idealizado exclusivamente para doar animais dos CCZs de todo o país, cumprindo todas as exigências colocadas pela COVISA, e que em doze meses doou 6000 animais em diversas cidades, menos São Paulo;
  • Proibiu o projeto de um  cinotécnico, que ofereceu aula gratuita para adotantes de consideradas erroneamente perigosas;
As aulas seriam sobre condicionamento e comportamento da raça, e visariam impedir um possível abandono posterior.
  • Proibiu que protetores, devidamente cadastrados no órgão ou ligados a ONGs, retirassem animais nos finais de semana com a finalidade de levá-los à feiras de doação, e, caso não fossem doados, estes seriam devolvidos na segunda posterior.
Este projeto, juntamente com as feiras realizadas pelo órgão, aumentaria em muito a quantidade de adoções.
  • Proibiu que os cães fossem a Pet Shops por semana p/ tomar banho;
Projeto que visa melhorar o bem estar dos animais e diminuir quantidade de parasitas como pulgas, carrapatos e piolhos;
  • Proibiu o projeto de um cinotecnicoque ofereceu ministrar um curso GRATUITAMENTE, aos funcionários do órgão.
Curso com carga horária de 10 horas, sobre adestramento básico, comportamento e condicionamento animal.
  • Assumiu no programa SP Record, numa série que mostrou durante 3 dias, cenas gravadas com câmera oculta, que mata sim animais pitbulls e raças consideradas por ele agressivas, pois não considera um animal agressivo como sadio.
O atual gerente do CCZ não tem capacidade técnica para avaliar o comportamento de um animal, já que não adquiriu este conhecimento em cursos específicos para este fim.

Ao assumir isso, o gerente do CCZ assumiu também está descumprindo a Lei Estadual 12916/08 que proíbe a matança indiscriminada de animais sadios nos CCZs, Canis Públicos e Congêneres.

Video ondeo o gerente do CCZ assume matar animais.sadios em descumprimento à lei Estadual 12916/08



Na mesma série de matérias do SP Record exibidas entre os dias 10 e 12/03/09, dois funcionários do órgão denunciaram que os animais hoje estão morrendo no CCZ, das formas mais cruéis possíveis: fome, doenças não tratadas e até mesmo brigas. Segundo o funcionário estas são alternativas para que animais sejam mortos.

 Matéria que exibe as denuncias10 e 11/03/09:

No dia 23/03/09 uma comissão formada por vereadores fizeram uma visita no órgão público, os vereadores tiveram acesso às dependências do órgão, tudo foi filmado.
Durante a visita depararam-se (num órgão que controla a Vigilância Sanitária da capital paulista) com fezes de ratos em diversos locais.
A Comissão encontrou também um cão recolhido em agosto de 2008 que apresentava o cérebro atacado por miíase (bicheira) - larvas que se desenvolvem no tecido subcutâneo dos animais, foi retirado dele o equivalente a uma xícara de vermes. Após a intervenção dos vereadores, o animal foi levado à mesa de cirurgia e sacrificado em seguida.


95% DOS ANIMAIS RECOLHIDOS PELO CCZ DE SÃO PAULO, SÃO MORTOS!

CCZ: Tripoli confessa sua tristeza.
E insiste: lá não pode ser abrigo.

Ao abrir a audiência da Comissão de Estudos sobre Animais, no dia 25 de março de 2009, no Plenário da Câmara Municipal, o Vereador Roberto Tripoli (PV), ainda impactado pela visita realizada ao Centro de Controle de Zoonoses dois dias antes, confessou sua tristeza pelo que viu e sua preocupação com o descaso por tantas vidas.

A Comissão de Estudos para Avaliação da Coexistência dos Animais Domésticos, Domesticados, Silvestres Nativos e Exóticos com a População Humana, os Reflexos na Saúde Pública e Meio Ambiente e a Legislação Pertinente na Cidade de São Paulo, foi instalada na Câmara a partir de requerimento do Vereador Tripoli, que a preside e é composta ainda por Aurélio Miguel (PR), relator; e pelos vereadores: Gilberto Natalini (PSDB), Bispo Atílio (PRB) e Italo Cardoso (PT).

Segundo o vereador e ambientalista Tripoli, que preside a Comissão, “me sinto muito triste, cada vez mais preocupado com aquela situação, com os animais. Vimos fezes de rato em vários lugares; imaginem fezes de rato num Centro que controla roedores, que controla zoonoses. E o gerente do local disse que não tinha problema nenhum, que eram ratos de telhado. Imaginem os cães presos, convivendo com ratos”.

“Nos canis coletivos, minha assessora Regina chamou a atenção para uma cachorro muito debilitado, visivelmente com problemas. Não se achava nem veterinário para socorrê-lo. Infelizmente, quando ele finalmente foi retirado do canil, constatou-se que estava com o cérebro comigo por bicheiras e o cão teve que ser sacrificado. Foi chocante. O pobre animal estava no Centro desde agosto; como ninguém viu a sua situação? O CCZ não é um abrigo de animais, não pode ser. Temos que estudar de que forma acabar com isso, de separar do controle de zoonoses a atividade de abrigar animais. Na verdade eles tem que ser reabilitados. Estou fazendo um projeto de lei nesse sentido”, revelou Tripoli.

AINDA SE MATA, E MUITO.

O relator da Comissão, vereador Aurélio Miguel, observou: “deveríamos ter vários abrigos municipais, recursos existem, é uma questão de saúde pública. São Paulo precisa dar o exemplo nesta situação”. Miguel falou ainda da sua preocupação com alguns dados que obteve durante a visita ao CCZ, relativos à eutanásia de cães e gatos.

Os dados dizem respeito somente a janeiro, fevereiro e parte do mês de março, até o dia da visita. Neste período entraram no CCZ 746 cães e 149 gatos; foram adotados 30 cães e 112 gatos. Foram a óbito 37 caninos e 5 felinos.

Os números da eutanásia surpreendem e a Comissão de Estudos já solicitou, oficialmente, dados a respeito: de janeiro a março foram eutanasiados 706 cães e 26 gatos (dados parciais, pois o mês não havia fechado). A lei estadual que proíbe o sacrifício de animais saudáveis, permite a eutanásia dos doentes e daqueles que não conseguiram ser socializados para uma possível adoção.

Detalhe: não existe qualquer trabalho de socialização para animais que dão entrada ao CCZ e continua intensa a entrada de animais da raça Pit Bull e seus mestiços, que depois de 90 dias de “observação” acabam sacrificados, considerados incapazes de conviver com uma família.

Os dados relativos aos cavalos são os seguintes: entraram no CCZ entre janeiro e março 28 equinos e 8 deles foram eutanasiados.

http://www.robertotripoli.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=79:ccz-tripoli-confessa-sua-tristeza-e-insiste-la-nao-pode-ser-abrigo&catid=1:animais-noticias&Itemid=37




Nós, da Proteção Animal, gostaríamos de saber por que o Prefeito Gilberto Kassab insiste em se omitir e manter os maus tratos cometidos dentro do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo.

 A Prefeitura e São Paulo não pode manter esta situação vergonhosa e imoral?

Sr. Gilberto Kassab, agora São Paulo já sabe!

Leia a materia na íntegra com os respectivos vídeos: